A força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná
responsável pelas investigações da Operação Lava Jato emitiu nota na noite
deste sábado (5) reafirmando a necessidade da condução para depoimento do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nota diz
que “instalou-se uma falsa controvérsia sobre a natureza e circunstâncias da
condução coercitiva” de Lula, e que a discussão é apenas “cortina de fumaça
sobre os fatos investigados”. A 24ª fase da Operação Lava Jato cumpriu 33 mandados de
busca e apreensão e 11 de condução coercitiva – um deles para Lula. O
ex-presidente considerou arbitrária a medida e disse que “se sentiu
prisioneiro”. As medidas foram autorizadas pelo juiz Sérgio Moro, que também
emitiu nota sobre o assunto neste sábado afirmando que elas "não significam antecipação de
culpa”. Segundo o MPF, ao longo das 24 fases da Lava Jato foram
cumpridos 117 mandados de condução coercitiva, todos autorizados por Moro.
“Apenas nesta última fase e em relação a apenas uma das conduções coercitivas
determinadas, a do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, houve a manifestação de algumas
opiniões contrárias à legalidade e constitucionalidade dessa medida, bem como
de sua conveniência e oportunidade”, afirmam os procuradores.
(globo.com)