Foi com frustração que os servidores municipais em greve deixaram o Palácio das Cerejeiras, em Bauru, na manhã dessa terça-feira (22). Depois de forçarem uma reunião com o prefeito Rodrigo Agostinho, receberam do chefe do Executivo a negativa de uma nova proposta salarial para a categoria. Com isso, a paralisação dos trabalhadores da administração direta e do DAE, que completa oito dias, nesta quarta-feira (23), segue sem data para terminar. Durante o encontro, que contou com a presença de representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru (Sinserm), funcionários públicos e vereadores, Rodrigo reiterou que não há recursos financeiros disponíveis para atender as reivindicações dos trabalhadores. Na última sexta-feira (18), uma comissão havia apresentado contraproposta pedindo reajuste salarial de 10,84%, referente à reposição da inflação no último ano, aumento do vale-compra de R$ 310,00 para R$ 400,00 e do abono que substituiu o vale-refeição de R$ 300,00 para R$ 350,00. O governo, contudo, manteve a oferta de reajuste de 3,5% e vale-compra de R$ 342,00, o que, segundo Rodrigo, já representaria um impacto de R$ 11 milhões, ou 3,82%, no orçamento. “Este índice já é maior do que a previsão de aumento na arrecadação. Não tenho como oferecer mais. Não vou quebrar o município e, no fim do ano, correr o risco de não ter dinheiro para pagar os servidores. Prefiro sofrer este desgaste agora”, pontua.
(JCnet)