A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) reagiu a notícias de que
estaria monitorando o juiz Sérgio Moro, em Curitiba. "A ABIN esclarece, em
resposta a rumores veiculados na imprensa e nas redes sociais, que não tem
nenhum tipo de envolvimento ou participação nas investigações realizadas pela
Operação Lava Jato", afirma a Agência, em nota oficial. A ABIN não possui
a prerrogativa de interceptação das comunicações e não realizou –nem
realizará – ações de Inteligência de qualquer natureza, sob qualquer
pretexto, que tenham por objetivo influenciar ou prejudicar o andamento da
operação, ou que envolvam qualquer tipo de investigação ou monitoramento dos
acusados, órgãos públicos ou seus agentes", prossegue a nota. Segundo
notícias veiculadas em alguns órgãos de imprensa e nas redes sociais, a Agência
estaria monitorando o juiz Sérgio Moro e o Palácio do Planalto teria sido
informado da sua intenção de deter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As notícias justificavam ainda que por este fato, a presidente Dilma Rousseff
teria se apressado em nomeá-lo ministro da Casa Civil. Com a nomeação, em
Diário Oficial extra, na quinta-feira (17), Lula conquistou o foro privilegiado
e qualquer ação contra a sua pessoa só poderia ser adotada pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) e não mais por Moro.
(IG)