O blog Pederneiras de
Fato recebeu na noite de ontem (25), várias mensagens de estudantes universitários
que davam conta do retorno à normalidade do transporte intermunicipal. “Voltou,
amigo. Não dá para afirmar ainda se 100%. Tá ótimo”, dizia uma delas. Estamos checando para ver se todos foram contemplados.
Foram vários dias de
forte reclamação dos que utilizam esse transporte e da população em geral,
especialmente nas redes sociais. A Auto Viação Jauense, empresa que presta o
serviço, com a anuência da administração municipal e a conivência do legislativo
local – raríssimas exceções de sempre – fez mudanças de forma unilateral em trajetos
e pontos de embarque e desembarque, o que causou forte reação contra as
medidas, uma vez que muitos estavam sendo deixados distantes dos
bairros onde moram, cujos trajetos chegavam a 4 km. Estranhamente, o edital da
licitação que a Jauense venceu em janeiro sequer mencionou trajetos e pontos de
embarque e desembarque no âmbito do município.
Na noite da última
terça-feira (23), enquanto o blog Pederneiras de Fato aguardava o desembarque
de estudantes em frente à Volvo, o PederNews TV Web se fazia presente na
antiga estação ferroviária, para abordarem os que ali desembarcam. Em ambos os pontos, o que se pode constatar pelas entrevistas foi um
sentimento traduzido em indignação e revolta.
O tema tomou a
cidade. Enquanto prefeitura e câmara perdiam tempo reunindo para discutir com a
empresa o que fazer ao invés de frear o abuso, os pederneirenses repercutiam
cada vez mais fortemente o absurdo desrespeito aos estudantes, que custeiam a
maior parte do serviço, ao que consta.
A
exemplo de pais do Lago dos Paturis, cujos filhos passaram por situação semelhante, a
insistência, a resistência e a luta na trincheira levaram os estudantes e todos
nós, pederneirenses, a mais uma vitória pela verdade e contra o ato de crueldade administrativa.
A mensalidade
Uma questão ainda está pendente. Trata-se do valor desembolsado pelos estudantes nas mensalidades pagas diretamente à Jauense. Enquanto que para vencer a licitação em 2016 ela concedeu desconto de 15% para a prefeitura em relação ao valor do ano passado, para os estudantes foi imposto um aumento de 20%, fazendo com que a fatura fique acima do contratado, o que denominou-se chamar "uma conta que não bate".