O empresário Leo De Watts, de 27 anos, vende ar
coletado no interior do Reino Unido e despacha para cidades poluídas da China,
como Xangai e Pequim, onde elites pagam quantias consideráveis por poucos
segundos de inalação. A China enfrenta problemas crônicos de poluição
atmosférica. Em 2015, pela primeira vez na história, a capital do país, Pequim,
declarou alerta vermelho, o mais grave em uma escala de quatro níveis , por
causa da poluição. Nessas ocasiões, escolas permanecem fechadas e
fábricas interrompem a produção. Há também restrições à circulação de carros e
a obras ao ar livre. A China é
considerada o maior poluidor do mundo, emitindo 10,5 milhões de quilotoneladas
de gás carbônico por ano, segundo a Agência de Avaliação Ambiental da Holanda.
No mesmo ranking, o Brasil apareceu em 10º lugar. Cada garrafa - de 580
ml - de ar exportada por Watts custa 80 libras (cerca de R$ 450). Para
oferecer produtos com características distintas, o empresário diz coletar ar de
áreas diferentes, como o interior do País de Gales e as regiões de Dorset e
Somerset, na Inglaterra. O processo de coleta é feito com jarros
acoplados a redes - atividade que Watts define como "agricultura
aérea". A empresa também oferece um pacote "especial do Ano Novo
Chinês", com 15 garrafas por 888 libras - cerca de R$ 5 mil.
(BBC Brasil)