10 fevereiro 2016

Garrafas de ar puro inglês são vendidas para cidades poluídas na China

O empresário Leo De Watts, de 27 anos, vende ar coletado no interior do Reino Unido e despacha para cidades poluídas da China, como Xangai e Pequim, onde elites pagam quantias consideráveis por poucos segundos de inalação. A China enfrenta problemas crônicos de poluição atmosférica. Em 2015, pela primeira vez na história, a capital do país, Pequim, declarou alerta vermelho, o mais grave em uma escala de quatro níveis , por causa da poluição. Nessas ocasiões, escolas permanecem fechadas e fábricas interrompem a produção. Há também restrições à circulação de carros e a obras ao ar livre. A China é considerada o maior poluidor do mundo, emitindo 10,5 milhões de quilotoneladas de gás carbônico por ano, segundo a Agência de Avaliação Ambiental da Holanda. No mesmo ranking, o Brasil apareceu em 10º lugar. Cada garrafa - de 580 ml - de ar exportada por Watts custa 80 libras (cerca de R$ 450). Para oferecer produtos com características distintas, o empresário diz coletar ar de áreas diferentes, como o interior do País de Gales e as regiões de Dorset e Somerset, na Inglaterra. O processo de coleta é feito com jarros acoplados a redes - atividade que Watts define como "agricultura aérea".  A empresa também oferece um pacote "especial do Ano Novo Chinês", com 15 garrafas por 888 libras - cerca de R$ 5 mil.
(BBC Brasil)
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