O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), assinou no
exercício da Presidência, entre novembro de 2014 e julho de 2015, sete decretos
que abriram crédito suplementar de R$ 10,807 bilhões mesmo num cenário de crise
econômica e queda na arrecadação. Os decretos assinados por Temer, somente em
2015, apresentam um volume três vezes superior aos de Dilma. A prática é a mesma
adotada pela presidente Dilma Rousseff e que consta, agora, como um dos
principais motivos para o pedido de impeachment aberto contra a petista na
Câmara. Diante disso, a oposição vai pedir ao Tribunal da Contas da União (TCU)
uma investigação sobre os atos assinados pelo peemedebista. O senador Álvaro
Dias (PSDB-PR) disse que, se o TCU confirmar que o vice-presidente cometeu os
mesmos ilícitos de Dilma, ele será "envolvido" no processo de
impeachment. "Se a conclusão for de que o vice também cometeu crime de
responsabilidade, é óbvio que o processo de impeachment deve ser ampliado e os
dois deverão ser colocados no mesmo banco dos réus", disse o tucano
(Estadão)