19 dezembro 2015

RIO: Oficiais da PM são presos acusados de recebimento de propina

A operação Carcinoma realizada hoje (18)  pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em conjunto com  a Secretaria de Segurança Pública e com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, cumpriu 21 mandados de prisão, a maioria contra oficiais da Polícia Militar (PM), uma funcionária administrativa contratada pela PM e mais nove denunciados. A ação foi articulada para impedir o enriquecimento ilícito por meio do desvio de recursos do Fundo de Saúde da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Fuspom), recebimento de propina e fraudes em licitações. Os denunciados são acusados dos crimes de organização criminosa, dispensa de licitação, corrupção ativa, corrupção passiva e peculato. Os oficiais vão responder, em âmbito militar, por peculato e corrupção passiva. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público ofereceu simultaneamente cinco denúncias, sendo duas delas encaminhadas à Auditoria de Justiça Militar e três ao Juízo Criminal Comum. Segundo uma das denúncias, uma empresa foi contratada sem procedimento licitatório específico para fornecimento de 200 aparelhos de ar-condicionado destinados ao Hospital Central da PM (HCPM), no centro do Rio, e ao Hospital da PM de Niterói, na região metropolitana. Somente 20 aparelhos foram entregues e, mesmo assim, com qualidade e especificações diferentes e inferiores ao que constava nas respectivas notas fiscais. Em  nota, a Polícia Militar informou que a ação cumpriu 12 mandados de prisão preventiva contra oficiais militares (incluindo três coronéis, majores e tenentes) que desviaram verbas do Fuspom em 2014, "visando ao enriquecimento ilícito por meio de recebimento de propinas e procedimentos licitatórios fraudulentos."
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