O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ) condenou dois ex-vereadores e um servidor público de Ourinhos por crime de peculato - desvio de dinheiro público por funcionário que tem a seu cargo a administração de verbas públicas - às penas de 3 anos e 6 meses de reclusão, no regime aberto, por sacarem dinheiro na boca do caixa da Câmara e usarem notas frias de empresas de material de informática para justificarem despesas do Legislativo de Ourinhos. A quantia movimentada indevidamente passou dos R$ 7 milhões. No inquérito policial a perícia contábil constatou, no ano de 2006, R$ 1,5 milhão movimentado em proveito próprio e alheio, como se o dinheiro do Legislativo fosse um “banco particular”. No ano seguinte o esquema continuou com saques semelhantes de cheques sacados no valor total de R$ 1,7 milhão e cerca de R$ 1 milhão em 2008. Na sentença consta que as quantias somadas nos anos 2007/2008 totalizam R$ 4,031 milhões. Os condenados por peculato são os ex-vereadores e ex-presidentes do Legislativo José Claudinei Messias, Osvaldo Barbosa e o tesoureiro José Cláudio Ribeiro. Houve também a revelação no inquérito que Barbosa ainda solicitou ao então tesoureiro da Câmara um cheque no valor de R$ 6 mil da conta de titularidade do Legislativo para pagar um advogado particular especialista em Direito Eleitoral em ação de interesse particular. Quando ouvidos em juízo Barbosa e Messias negaramn ter desviado ou se apropriado de dinheiro público. O servidor Claudio Ribeiro admitiu as movimentações financeiras.
(JCnet