Os R$ 57 bilhões referentes às chamadas ‘pedaladas fiscais’
deste ano serão pagos em parcela única. “É a solução mais sábia, tendo em vista
o espaço fiscal, orçamentário e financeiro criado para isso”, argumenta o
secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira. A maior parte do
dinheiro sairá do excesso de arrecadação de anos anteriores e será depositado
diretamente para os bancos públicos credores e no FGTS. Serão emitidos títulos
da dívida pública apenas para o pagamento de R$ 1,5 bilhão de uma operação do
Banco do Brasil. As pedaladas fiscais são um mecanismo de atraso no repasse de
recursos para bancos públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios
sociais. A manobra levou o TCU (Tribunal de Contas da União) a recomendar ao
Congresso a rejeição das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff. O pagamento
à vista foi uma decisão do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. O ex-chefe
da pasta, Joaquim Levy, defendia que o valor fosse parcelado.
(Band)