Furar fila, estacionar o carro em vaga reservada para idosos ou pessoas com deficiência, comprar produtos piratas, deixar de devolver o troco dado a mais em uma compra, fazer ligações clandestinas de energia elétrica ou Internet. Estas são práticas bastante comuns no cotidiano do brasileiro, quase sempre não entendidas como atos de corrupção. E são atitudes que foram lembradas em uma redação elaborada pelo bauruense Rafael Martha Abramides Gonçalves Silva, 13 anos, vencedor do 7.º Concurso de Desenho e Redação, promovido pela Corregedoria-Geral da União (CGU). De âmbito nacional, o prêmio foi entregue na última segunda (7), coincidentemente, no dia do aniversário do jovem e próximo ao Dia Internacional de Combate à Corrupção, comemorado no dia 9 deste mês. Em todo o País, foram 500 mil participantes, alunos de 2 mil escolas públicas e privadas do Ensino Fundamental e Médio, incluindo estudantes matriculados na modalidade jovens e adultos (EJA). Do 1.º ao 5.º ano do Ensino Fundamental, contudo, os alunos elaboraram desenhos, também com base no tema “Pequenas corrupções: diga não!”. Ao todo, foram premiados 39 estudantes, mas apenas 13 foram classificados em primeiro lugar, de acordo com o ano de ensino. Matriculado no 7.º ano da escola bilíngue FourC, Rafael conseguiu a façanha com um texto em que descreveu o cotidiano de um brasileiro anônimo. Ao longo do dia, ele cometia todas as pequenas corrupções descritas no primeiro parágrafo desta matéria. “No final, esta pessoa assiste ao noticiário e vê uma matéria em que a CGU fala sobre estas práticas e pede para que a população reflita sobre isso. O personagem, então, percebe que comete esses erros e se compromete, daquele dia em diante, mudar”, aponta Rafael.
(JCnet)