O Relatório de Desenvolvimento Humano do Pnud (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento) divulgado nesta segunda-feira (25)
mostra o Brasil na 75º colocação no ranking do IDH, entre 188 países, com
índice de 0,755, acima da média da América Latina (0,748) e considerado alto. É
o 13º melhor índice entre os latino-americanos. Mas, se a desigualdade social
for levada em conta, o país perde cerca de um quarto do seu IDH e acaba tendo
desempenho pior que seus vizinhos na América Latina. Isso porque, segundo
o Pnud, o IDH é apenas uma média e não ilustra claramente a desigualdade
na distribuição do desenvolvimento humano. O fato motivou a elaboração de
outro índice, o IDH-D (IDH Ajustado à Desigualdade). Ele leva em conta a
desigualdade humana em três dimensões (renda, educação e expectativa de vida). No
IDH-D, o Brasil fica com 0,557, perdendo 26,3% de seu IDH, com um coeficiente
de desigualdade humana de 25,6%. O país se posiciona abaixo da média da América
Latina nestes quesitos -- a região tem média de 0,570 no IDH-D, coeficiente de
desigualdade de 23,2% e 23,7% de perda total do IDH. Peru (84º no ranking
mundial do IDH), Equador (88º) e Jamaica (99º), por exemplo, aparecem abaixo do
Brasil na lista base, mas sofrem perdas menores e superariam o país no IDH-D
com índices de 0,563%, 0,570% e 0,593%, respectivamente. Não existe um ranking
mundial levando em conta o IDH-D porque, de acordo com o Pnud, parte dos países
não têm dados suficientes para elaborar esse índice.
(Bol)