O empresário Mauricio Macri, 56
anos, é o novo presidente da Argentina. Atual prefeito de Buenos Aires, ele é ex-presidente
do clube Boca Juniors e líder de uma frente de centro-direita opositora do
atual governo de Cristina Kirchner. Macri foi eleito neste domingo (22), na
primeira vez na história do país em que uma eleição presidencial foi decidida
no segundo turno, e vai governar por quatro anos. Ele irá assumir a presidência
no dia 10 de dezembro deste ano. Às 5h45 (horário de Brasília), com 99,17% dos
votos apurados, Macri tinha 51,40%(12.903.301 votos), e Scioli, 48,60%
(12.198.441 votos), segundo a comissão eleitoral. A vitóira de Macri foi
confirmada às 21h43 (horário de Brasília), quando com 63,26% dos votos
apurados, ele alcançou 53,50% (8.524.551 votos), e Scioli, 46,50% (7.410.389
votos). Neste momento, o chefe do órgão eleitoral argentino afirmou que a
tendência a favor de Macri era irreversível. Por volta das 22h20, Daniel Scioli
telefonou para o adversário e admitiu a derrota, de acordo com o jornal "Clarin". Os dois são amigos de longa
data e Scioli afirmou que Macri era um "justo ganhador". O resultado
após a realização do inédito segundo turno gerou festa entre os apoiadores de
Macri e lágrimas entre eleitores de Daniel Scioli - candidato apoiado
pela presidente Cristina Kirchner,
que governa o país desde 2007 e é viúva do falecido presidente Néstor Kirchner
(2003-2007). A Argentina teve 12 anos de kirchnerismo no poder. O índice de
participação chegou a 78% dos mais 32 milhões de eleitores no segundo turno. Esta
é a primeira vez um líder da direita liberal chega ao poder pelas urnas em
eleições livres, sem o apoio de uma ditadura, fraudes ou candidatos proscritos.
Em sua vida democrática, a Argentina apenas teve no poder a
alternância entre o Partido Justicialista (PJ, peronista) e a UCR.
(globo.com)