A juíza Célia Regina Ody Bernardes, que autorizou
busca e apreensão na sede de três empresas de Luis Cláudio Lula da Silva, um
dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, não
está mais à frente o caso. Depois de passar um ano no Superior Tribunal de
Justiça (STJ), o juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal,
voltou ao cargo nesta quarta-feira e reassumiu todos os processos que estão no
setor, inclusive os inquéritos da Operação Zelotes. Numa entrevista ao GLOBO, o juiz disse que o retorno dele à
10ª Vara Federal nada tem a ver com a Zelotes e a repercussão política que a
investigação passou a ter desde a busca e apreensão na sede da LFT Marketing
Esportivo e outras duas empresas de um dos filhos do ex-presidente Lula.
Vallisney argumenta que o prazo de trabalho dele como juiz-auxiliar no STJ
expirou ontem e, como não houve reconvocação, ele reassumiu a 10ª Vara, onde é
titular há seis anos. Ele afirma que não poderia deixar de reassumir o cargo e,
muito menos, abrir mão dos processos. “Meu trabalho no STJ acabou e eu estou retornando às minhas atividades
aqui na 10ª Vara. Não voltei por causa desse processo (Operação Zelotes) e nem
por causa de nenhum outro. A Vara tem mais de dois mil processos. Também quero
dizer que não houve pressão de ninguém”, afirmou. Vallisney afirma ainda que é o juiz natural do caso
e, nesta condição, não poderia simplesmente repassar a tarefa para outro
colega. Célila Regina está de folga até o domingo. No início da noite, o TRF1
divulgou nota para informar que Célia Regina já foi mandada de volta para a 21ª
Vara, responsável por processo cíveis. A decisão deve ser publicada no Diário
Oficial até sexta-feira, mas já vale para hoje.
(O Globo)