Baixo, de cabelos brancos e sempre de óculos escuros, Newton Ishii é
figura garantida nas ações da Operação Lava Jato. Chefe do Núcleo de
Operações da Polícia Federal em Curitiba, o agente Newton Ishii esteve presente
em importantes prisões, como a do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do
empresário Marcelo Odebrecht, do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e do
pecuarista José Carlos Bumlai. Alvo de piadas recentes nas redes sociais e
visto como alguém que faz valer a lei, Newton Ishii foi preso com outros cinco
agentes pela própria Polícia Federal em 2003, durante a Operação Sucuri, no
Paraná, suspeito de integrar uma organização criminosa acusada de contrabandear
grande quantidade de mercadorias para o Paraguai. À época, o Tribunal Regional
Federal (TRF) negou o pedido de habeas corpus dos policiais federais presos. Segundo
o Ministério Público Federal (MPF), os denunciados deixavam de fiscalizar táxis
e vans conduzidos por outros integrantes da quadrilha, responsáveis
pelo transporte das mercadorias do Paraguai para o Brasil. De acordo com
o blog Expresso,
da revista Época, Ishii responde a processos criminal e civil, além de uma
sindicância. Ele foi reintegrado pela Polícia Federal com confiança da
direção. Nesta semana, a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) revelou
um áudio em que o parlamentar teria supostamente citado o agente da PF como “o
japonês bonzinho” que vende informações para revistas. A presença constante nas
prisões da Lava Jato deu certo reconhecimento a Newton Ishii e alguns perfis
nas redes sociais o citam em brincadeiras, como o do comediante Sérgio
Mallandro, que traz uma montagem com fotos do policial e a mensagem. “Se esse
japonês tocar a campainha da sua casa às 6h da manhã não abra porque você tá
f**ido. Rá!!”, disse o humorista.
(Último Segundo)