O PT entrou hoje com uma representação no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) na qual pede abertura de investigação sobre supostas
irregularidades na contas de campanha presidencial do senador Aécio Neves
(PSDB-SP), candidato derrotado à Presidência da República em 2014. Por meio de
análise própria dos dados financeiros entregues ao TSE pela campanha de Aécio
Neves, o partido alega que há problemas fiscais em 78% dos recibos apresentados
na prestação de contas. Com base no levantamento, o PT pediu também ao TSE a
rejeição das contas do candidato, que ainda não foram julgadas e estão sob a
relatoria da ministra Maria Theresa de Assis Moura. De acordo com o coordenador
jurídico Flávio Caetano, a contabilidade apresentada pela campanha de Aécio fez
lançamentos que não constam em extratos bancários "com indício de caixa
2", usou recursos do Fundo Partidário e fez gastos antes da abertura de
contas destinadas para receber os recursos para a campanha, conforme prevê a
legislação eleitoral. O levantamento feito pela equipe de Caetano aponta que um
depósito de R$ 1,2 milhão foi feito pelo Comitê Financeiro Nacional do PSDB em
benefício do próprio comitê. Para o advogado, a suposta irregularidade
significa que "há indício de que o candidato mantinha em espécie
valores superiores ao permitido pela legislação eleitoral". Na petição, o
coordenador jurídico também afirma que Aécio Neves e o candidato a vice,
senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), utilizaram funcionários públicos indevidamente
para trabalharem na campanha.
(Agência Brasil)