A Polícia Federal deflagrou na
manhã desta quinta-feira (10), a Operação Desventura para desarticular um grupo
que teria fraudado o pagamento de loterias da Caixa Econômica Federal. Segundo
a PF, a organização fazia validação fraudulenta de bilhete de loteria. Os
valores dos prêmios não sacados seriam destinados ao Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies). Em 2014, ganhadores de loteria deixaram de resgatar R$ 270,
5 milhões em prêmios da Mega Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina,
Lotomania, Dupla Sena e Timemania. Os investigadores apontam que o esquema
contava com ajuda de correntistas do banco, escolhidos por movimentarem grandes
volumes de dinheiro. Eles teriam sido usados para recrutar gerentes da Caixa
para a fraude. A PF afirmou que identificou um ex-jogador de futebol da Seleção
Brasileira no grupo dos correntistas. Com informações privilegiadas, o esquema
fazia contato com os gerentes, que se encarregavam de viabilizar o recebimento
do prêmio por meio de suas senhas, validando de forma irregular, os bilhetes
falsos, segundo a PF. Durante as investigações, um integrante da
quadrilha, de acordo com os investigadores, foi preso enquanto tentava aliciar
um gerente para o saque de um bilhete de loteria de R$ 3 milhões. Meses depois
de liberado pela polícia, afirma a PF, ele foi executado. Os envolvidos
responderão por organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de
influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público,
evasão de divisas.
(JCnet)