Na noite de quinta-feira, Geraldo Alckmin se
reuniu com oito grandes empresários para discutir o cenário nacional. O tucano
mostrou pessimismo com a situação política e econômica do país e disse não ver
saída com a presidente Dilma Rousseff no cargo. No entanto, o governador
paulista acredita que falta um motivo para o impeachment da presidente. Nessa
reunião, Alckmin disse que uma razão frágil, como as pedaladas fiscais, pode
ser um risco à democracia. O governador ainda afirmou que há precedentes da
manobra fiscal em Estados e municípios. À mesa, participaram do jantar o presidente da BRF, Pedro
Faria; o vice-presidente do Bradesco, Marcelo Noronha; e o presidente da
Riachuelo, Flávio Rocha, entre outros. Aos
empresários, Alckmin afirmou ser necessário "investigar, investigar e
investigar", para que o Congresso decida se os pedidos de impeachment
cumprem as exigências constitucionais, e que novas provas podem surgir das
investigações nos fundos de pensão e no BNDES. Segundo pesquisa interna da Secom da Presidência, para a
maioria das pessoas, a crise é, antes de tudo, política, que acabou por agravar
a economia. "As pessoas que apóiam o governo estão sem argumentos para
defender o governo no dia a dia", diz a conclusão do levantamento. "Na cabeça das pessoas, foi a corrupção que provocou o
rombo no Orçamento, o rebaixamento da nota e a elevação do custo de vida",
diz a pesquisa.
(Notícias ao Minuto)