O Ministério Público (MP) em Duartina denunciou à Justiça dois médicos por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) em virtude de supostas falhas no atendimento prestado a uma paciente no Hospital Santa Luzia, no final de 2010. A jovem, na época com 20 anos, recebeu alta por duas vezes. Na terceira vez em que procurou a unidade, foi transferida em estado grave para Bauru e acabou morrendo. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a suposta negligência por parte dos profissionais depois que familiares da estudante Danielly Messias de Oliveira, que morava em Lucianópolis, registraram boletim de ocorrência contra o hospital por omissão de socorro. O processo foi remetido ao MP e o promotor Enilson Komono considerou que os médicos Ana Márcia Menechelli Moraco e Marco Antonio Contrera Bérgamo, que atenderam a paciente, cometeram falhas que concorreram com a sua morte. Na denúncia, ele alega que, na primeira vez em que a jovem procurou o hospital, no dia 25 de novembro, reclamando de dores abdominais e vômito, foi medicada e liberada no dia seguinte por Ana Márcia, que diagnosticou infecção urinária. Danielly retornou à unidade na manhã do dia 27, com os mesmos sintomas, além de pressão baixa, febre e diarreia. Desta vez, foi atendida por Marco Antonio que, segundo o promotor, receitou analgésicos e, novamente, deu alta a ela no dia seguinte. A jovem voltou a procurar o hospital na manhã do dia 30 e foi atendida pela médica Herli Meister, que pediu exames de ultrassonografia e radiografia. Os resultados revelaram necessidade de cirurgia e ela foi transferida para o Hospital Estadual (HE) de Bauru. O quadro de saúde de Danielly se agravou e, mesmo com a cirurgia, ela não resistiu e morreu no dia 2 de dezembro em virtude de apendicite aguda e infecção generalizada.
(JCnet)