07 agosto 2015

Dor lombar é doença que acompanha pessoas por mais tempo

Você fez uma faxina completa na casa. Pegou peso. Passou muito tempo agachado, esfregando, varrendo, limpando. No final do dia, apareceu aquela dor chata na parte de baixo da coluna, um pouco acima do bumbum.  A situação descreve um caso típico de dor lombar aguda, ou seja, uma dor intensa que pode ter várias causas e tende a desaparecer com o tempo. Mas, se três meses depois da faxina essa dor ainda não foi embora, isso pode significar que a pessoa passou a sofre de um problema crônico, que precisa de uma atenção maior. E quem pensa que esses casos são raros, engana-se.  Um estudo publicado em junho deste ano aponta a lombalgia como o principal fator que leva as pessoas a passarem anos com uma incapacidade. O Global Burden of Disease Study 2013 levantou dados sobre a incidência de doenças agudas e crônicas em 188 países, entre 1990 e 2013. No levantamento, a dor lombar apareceu em todos os países entre os dez problemas de saúde que acompanham e incapacitam as pessoas por mais tempo, ao lado dos transtornos depressivos. A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que 80% da população mundial sentem ou sentirão dor nessa região, que vai da última costela até a parte de cima dos glúteos. No Brasil, as dores da coluna são as principais causas de afastamento no trabalho. Apenas em 2014, mais de 130 mil pessoas passaram um tempo sem trabalhar por causa do problema - o Ministério da Previdência Social não tem dados específicos sobre casos de lombalgia. O fisioterapeuta Gabriel Delfino explica que é bastante importante a pessoa se manter ativa. "Os pacientes, no geral, ficam com medo de se movimentar, inclinar para frente, se manter ativo. Mas, é preciso saber que o repouso absoluto é o que mais compromete o tratamento da dor lombar", afirma.
(Bol)
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