Em meio a uma mobilização, ainda que discreta, pela redução do valor do subsídio recebido pelos vereadores de Bauru, Moisés Rossi (PPS), prestes a concluir seu segundo mandato no Legislativo local e com vontade de concorrer à sucessão de Rodrigo Agostinho (PMDB) no ano que vem, sugere a convocação de um plebiscito para que a população da cidade decida se o salário dos parlamentares deve ou não cair. Como já noticiado pelo Jornal da Cidade, o grupo Resgate de Bauru encabeça campanha para coletar assinaturas para apresentar um projeto de lei de iniciativa popular a fim que a remuneração aos edis seja de dois salários mínimos, ou seja, equivalente a R$ 1.576,00. Hoje, esse valor é R$ 7.845,21. Para que os vereadores sejam obrigados a votar a proposta, são necessárias cerca de 12.887 assinaturas. Isso porque a Lei Orgânica do Município estabelece, para esse tipo de iniciativa, a adesão mínima de 5% do total de votantes da cidade, que, em julho, era de 257.754 pessoas, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Diante da complexidade do tema, Rossi alega que não consegue definir, por enquanto, se é a favor ou contra a redução dos salários dos vereadores, mas pontua: “Já que o tema está em pauta, precisa ser debatido de forma ampla e adequada com a participação da sociedade”. Segundo o vereador, apenas a coleta de assinaturas, em formato de abaixo assinado, não proporciona a luz necessária à discussão. “A pessoa vai lá, acha interessante, coloca o nome e pronto. Um plebiscito, por sua vez, dá oportunidade para que ambos os lados se manifestem e exponham suas posições”.
(JCnet)