Dez anos após o furto ao Banco Central em Fortaleza, a Justiça Federal
no Ceará contabiliza 28 ações penais sobre o caso, 133
denunciados por envolvimento no crime e 94 réus condenados, sendo que 10 foram
absolvidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5). Dos R$ 164,7
milhões roubados, a Polícia Federal estima que, no máximo, R$ 60 milhões foram
recuperados, por meio da venda de bens dos participantes ou pelo resgate de
quantias em espécie durante as investigações. Na madrugada de 5 para 6 de
agosto de 2005, ladrões entraram na caixa-forte do Banco Central por meio de um
túnel e levaram mais de três toneladas em notas de R$ 50 passando por baixo de
uma das mais movimentadas vias do Centro de Fortaleza, a Avenida Dom Manuel. O
túnel partia de uma casa alugada pela quadrilha. O crime só foi descoberto no
início do expediente da segunda-feira (8). A Polícia Federal considera o maior
roubo a banco da história do país e o terceiro, no mundo. O núcleo que escavou o túnel ligando
a casa ao banco não passou de 30 homens, no entanto, diversas outras formas de
participação elevaram a quantidade de denunciados. “Toda a linha de
investigação que o Ministério Público, Polícia Federal e Banco Central, como
assistente de acusação, empreenderam foi para identificar quem financiou, quem
executou o plano e quem posteriormente ajudou na lavagem do dinheiro. As
investigações foram se densificando nesse aspecto, e ao longo do tempo, foram
encontradas 133 pessoas, denunciadas em 27 ações penais’’, diz o juiz federal
Danilo Fontenelle Sampaio, titular da 11ª vara da Justiça Federal no Ceará,
responsável pelo julgamento do caso.
(G1)