O frigorífico Itabom concedeu ontem aviso prévio a 195 trabalhadores de sua filial em Arealva. A empresa atribui as demissões à crise econômica e diz que espera reverter a situação. O sindicato que defende a categoria acionou Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho (MT) visando à garantia dos direitos dos demitidos. Os 195 funcionários abatem aves em empresa de alimentos arrendada pela Itabom em 2007. Entre eles, estão moradores de Arealva, Itaju, Reginópolis e Iacanga. Antes do aviso prévio, segundo o frigorífico, todos receberam férias coletivas. Após a notícia das demissões, o grupo foi até uma praça no Centro de Arealva para protestar. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Alimentação de Bauru e região, Antônio Carlos de Oliveira Matheus, o Pardal, os trabalhadores não receberam 15 dias de salário de junho e 18 dias de julho, além do ticket refeição relativo aos últimos três meses e diferenças de salários pelo reajuste em maio. Ele alega ainda que o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários não está sendo feito há seis meses. Já as férias coletivas, segundo ele, teriam sido pagas. “Eles elegeram um modelo de pagar as férias quando, na minha opinião, deveriam ter elegido o modelo de pagar os salários atrasados”, declara. No fim da tarde, o presidente se reuniu com representantes da Itabom para discutir o assunto. “Eles foram com a proposta de que, nos próximos dias, estarão tentando viabilizar os pagamentos atrasados para ganhar um prazo e a credibilidade de volta dos empregados para tentar retomar a produção através de arrendamento ou de investidor”, conta.
(JCnet)