11 julho 2015

STF avaliará se gravação de conversa pode ser usada em ação eleitoral

O Supremo Tribunal Federal deverá julgar no segundo semestre um recurso do Ministério Público que pede a validação de gravação de conversa privada ambiental ou telefônica, em processos eleitorais, sem o consentimento de uma das partes ou sem autorização judicial prévia. A ação foi levada à Suprema Corte depois que o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou "reiteradamente" esse tipo de prova por entender que fere o direito à intimidade. O recurso foi protocolado na última semana de junho, e por isso a tramitação do processo no Supremo só deve se iniciar no segundo semestre. No Congresso, o tema é objeto de polêmica. A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (9) texto que proíbe esse tipo de gravação de conversa privada, o que causou debates no plenário da Casa. "Na verdade, nós estamos inutilizando um tipo de prova aceita em todos os processos cíveis e penais. [...] Eu pergunto apenas qual é o objetivo disso", disse o deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB do Rio Grande do Sul. O relator do projeto que reforma a legislação eleitoral, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a intenção é inibir atos de má fé. "A nossa prática é que muitas vezes pessoas vão ao comitê de má fé, estimulam uma pessoa do seu comitê a falar coisas que ele não está autorizado a falar e isso gera um processo contra você", diz Maia.
(G1)
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