O caso envolve o
pagamento de pensões à filha que Renan teve com a jornalista
Monica Veloso – na época, capa da revista "Playboy", devido à
repercussão do episódio – e esteve no centro da cena política em 2007, quando
chegou a levar Renan a renunciar a presidência do Senado. A cassação do
mandato do peemedebista chegou a ser votada pelo Plenário da Casa na
ocasião, mas ele conseguiu mantê-lo com um placar apertado, de 40 a 35. A
ação foi aceita pelo juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, titular da 14ª Vara
Federal. O magistrado avaliou que existem elementos suficientes para prosseguir
com ela. Renan, no entanto tem possibilidade de apresentar recurso pedindo a
arquivamento do processo. A decisão foi publicada no "Diário de
Justiça" da Primeira Região, no último dia 16 de junho. Na ação, o
Ministério Público, que apresentou a denúncia em setembro do ano passado,
aponta que a empreiteira teria pago as despesas pessoais de Renan em troca de
emendas parlamentares que beneficiavam a empresa. O Ministério Público ainda
acusa o presidente do Senado de forjar documentos para justificar o dinheiro
que recebeu da construtora. No processo, Renan também é acusado de
enriquecimento ilícito. Logo depois da sessão no Senado desta quarta-feira (8),
Calheiros comentou a decisão da Justiça (imagens de Alan Sampaio/iG).
