As declarações da presidente Dilma Rousseff de que não
renunciará, não pretende suicidar nem fazer acordos para permanecer no cargo
soaram como “desespero” para os tucanos, que, durante a convenção nacional do
partido, apostaram abertamente na saída da presidente do cargo antes do fim de
seu mandato. No fim de semana, embora tenham defendido “novas eleições”,
“parlamentarismo à brasileira” e apontado a falta de condições de Dilma de
chegar ao final do ano, os tucanos combinaram e cumpriram a tarefa de não tocar
na palavra “impeachment”. Dilma declarou que não cai em entrevista a
"Folha de São Paulo", publicada na terça-feira (7). Suas declarações
desafiaram os opositores a provarem que recebeu dinheiro ilegal. A postura da
presidente Dilma inflou os comentários de opositores que se dedicaram a fazer
analogia dos tempos atuais ao clima pré-impeachment do ex-presidente Fernando
Collor de Mello, em 1992.
(IG)