Menos de uma semana depois de sete executivos
ligados à Fifa serem presos, entre eles o seu sucessor na CBF, José Maria
Marin, Ricardo Teixeira foi indiciado pela Polícia Federal. Ele é
investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade
ideológica e falsificação de documento público. No período em que foi
presidente do Comitê Organizador Local da Copa 2014, entre 2009 e 2012, Ricardo
Teixeira movimentou em sua conta uma quantia de R$ 464,56 milhões. As
informações foram apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf) e publicadas pela revista Época em relatório da Polícia Federal,
produzido em janeiro. A movimentação de quase R$ 500 milhões foi
considerada atípica pelo Coaf, que também revelou que o ex-presidente da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) mantinha contas no exterior e
repatriou valores para poder comprar um apartamento de R$ 720 mil no Rio de
Janeiro. De acordo com o relatório da Polícia Federal, Teixeira "não teria
como justificar os valores envolvidos na aquisição" e por isso trouxe
dinheiro de fora do país.
(Correio do Povo)