22 junho 2015

Obsessão atual por depilar é fruto de pressão social, não escolha estética?

Ter pelos no corpo está fora de moda. Não faltam opções para removê-los ou extingui-los completamente, mas há quem classifique a tendência como opressão, resultado da cultural atual, e não apenas uma mera escolha estética. Para Jocelyn Patinel, presidente do MIEL (Movimento Internacional por uma Ecologia Libidinal) e mestre em psicologia social, além dos inconvenientes fisiológicos que a eliminação dos pelos traz, como ressecamento da pele e favorecimento a infecções, a depilação reflete um comportamento submisso. O movimento, que tem sede na França e existe desde 2003, defende a emancipação individual e social, posicionando-se contra o ato de se livrar dos pelos. Jocelyn diz acreditar que um hábito estético só existe quando há liberdade para adotá-lo ou não. "Quando você recebe forte pressão social, inclusive bullying, por não segui-lo, então é uma opressão", afirma. A presidente do MIEL destaca que muitas mulheres dizem que se depilam por vontade própria ou questões de higiene, mas que, no fundo, têm essa norma tão internalizada que estão alienadas. "Em minhas pesquisas com estudantes, nunca encontrei mais do que 30% de mulheres que perceberam espontaneamente a pressão social para depilar."
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