22 junho 2015

Direção do PSB insiste em fusão com PPS para eleições de 2016

Apesar da resistência de quadros importantes do PSB, que motivou a suspensão momentânea do processo de fusão com o PPS, os dirigentes socialistas pretendem fazer uma “fusão política” com a legenda comandada pelo deputado Roberto Freire (SP) nas alianças para as eleições municipais do próximo ano. Isso significa, de acordo com a cúpula do partido, que o PSB e o PPS farão um compromisso de apoio mútuo em todos os estados. O objetivo é ter candidaturas próprias da coligação nas principais cidades brasileiras e ter, em pelo menos 15 capitais, candidaturas do PSB. “Temos, pelo menos, 15 nomes para prefeitos”, disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira, um dos principais negociadores da fusão. A ideia de fusão, que havia sido abandonada há duas semanas, ganhou fôlego na última reunião da executiva nacional do partido, na quinta-feira (18), em Brasília. A maior parte dos presentes ao encontro se ressentiu da ideia não ter sido levada a frente. “Na reunião, muitos membros da executiva acharam que foi um erro suspender o processo e defenderam que a fusão continuasse”, disse Siqueira, ao IG. Entre os que expressaram apoio à união com o PPS estão o governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollembergh, o ex-deputado Beto Albuquerque (RS), o senador Fernando Bezerra Coelho (PE), e o ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Outro fator que animou os defensores da fusão foi a aprovação, em primeiro turno na Câmara, um dia antes da reunião, da possível “janela” para que interessados em se filiar ao partido, não deixem em suas legendas anteriores, seus mandatos. Pelo texto aprovado, os políticos serão autorizados a trocar de legenda até 30 dias após a promulgação da proposta de emenda à Constituição da reforma política.
(IG)
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