Nunca fui
muito paciente em matéria de espera. Não gosto de atrasar, porque não sei
esperar. Ficar
esperando as coisas acontecerem, nunca foi do meu feitio. Acredito em destino,
mas também não sei esperá-lo. Se ele está demorando, vou atrás.
Sonhar é
algo que faço com frequência, mas não fica só na minha cabeça. Escrevo o que
desejo, só para vê-lo mais concreto, depois sigo por caminhos que podem me
levar a isso, mesmo tendo quase a certeza de que não vai acontecer na primeira
caminhada, mesmo sendo óbvio que será em vão (muitas vezes se prova não ser).
De que
adiantaria ficar esperando que tudo aconteça sozinho? É entregar meu futuro em
mãos alheias. Eu gosto dele nas minhas mãos! O tempo não anda? Trato de me
mover. Mover-se causa efeitos, causa ondas na piscina do destino. Mais que
sonhar, é fazer algo para que aconteça, nem que seja falar disso, olhar para o
que se quer, dar um passinho minúsculo na sua direção…
Uns sonhos
se demoram mais. Mesmo assim, sem desistir deles, vou movendo outros, vou
mexendo constantemente nas águas daqueles mais difíceis e uma hora hão de
acontecer! As pequenas ondas vão empurrando o sonho para a borda, onde posso
pegá-lo. Até hoje, meus desejos mais absurdos se realizaram. Então, por que
parar? Vou desafiando os limites, carregando meu positivismo à frente.
O
universo se move quando percebe a teimosia de se desejar algo. – Ah sim, ser
positivo! – Acreditar e achar que, mesmo tendo dado errado, ainda não é o fim,
apenas uma mudança de caminho. Pode acontecer um abismo na estrada, mas é só
para me desviar para o caminho certo.
Sou de
natureza impaciente, porque todos os meus sonhos não cabem numa só vida. Tenho
pressa de alcançá-los, para poder colecionar outros. Minha força de vontade é
maior que a vontade alheia.
Carol Szabadkai