A crise econômica que a Grécia enfrenta há cinco anos chegou a seu
momento mais dramático nesta segunda-feira (29). O governo decidiu, após oito
horas de reuniões, manter o feriado bancário por seis dias úteis. Restrições
também serão impostas a caixas eletrônicos, que tiveram longas filas no fim de
semana. A decisão tem como objetivo evitar uma corrida aos
bancos para retirada em massa de dinheiro diante da incerteza dos gregos com a
situação financeira do país. Os seis dias garantem o tempo necessário até o
referendo agendado para 5 de julho em que a população vai dizer se aceita
ou não as condições dos credores internacionais para um acordo com Atenas. O
programa de resgate para a Grécia expira na terça-feira (30), quando o país
terá de pagar US$ 1,6 bilhão a um dos principais credores, o Fundo Monetário
Internacional (FMI). O governo de Atenas pediu uma extensão do prazo para que
tivessem tempo hábil de fazer o referendo. O Banco Central Europeu anunciou no
domingo (28) que vai manter os empréstimos de emergência aos bancos gregos nos
atuais níveis, enquanto o banco nacional grego se comprometeu a adotar todas as
medidas necessárias para garantir a segurança financeira. Diante da dificuldade
em sacar dinheiro por seis dias úteis, os gregos terão de recorrer a uma
comissão em caso de emergência. O Tesouro criou o Comitê de Aprovação para
Transações Bancárias, que vai examinar os pedidos de emergência caso a caso.
(IG)