Um plano para se criar uma força-tarefa global de 10 mil médicos e cientistas
contra epidemias será apresentado na próxima reunião do G7, grupo formado por
representantes das maiores economias de países desenvolvidos - Canadá, França,
Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos - no próximo domingo, na
Alemanha, segundo apurou a BBC. Trata-se de uma reposta direta ao recente surto
de ebola, o maior já registrado, com 27 mil vítimas na África Ocidental. O
projeto prevê ainda melhorias no sistema de monitoramento de doenças,
especialmente em países mais pobres, e investimentos no desenvolvimento de
novas drogas. Especialistas dizem que tais medidas teriam impedido que a
epidemia de ebola atingisse uma escala sem precedentes. "Discutiremos como
nos preparar melhor para tais surtos, como preveni-los e como reagir mais rápido
quando eles ocorrerem", disse a chanceler (premiê) alemã e atual
presidente do G7, Angela Merkel, em artigo publicado nesta semana, com base em
conselhos recebidos do empresário Bill Gates, de empresas farmacêuticas e de
especialistas em saúde pública. "A criação de uma força-tarefa global, com
um financiamento adequado, é sem dúvidas um objetivo de médio prazo, mas talvez
deveríamos analisá-lo agora." Documentos aos quais a BBC News teve acesso
detalham que esta equipe de médicos e cientistas funcionaria como uma reserva
militar. Eles de dedicariam a seus trabalhos pessoais normalmente, mas estariam
prontos para irem a campo quando requisitados. O projeto ainda prevê um novo
grupo independente dentro da Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável por
lidar com epidemias.
(Último Segundo)