17 junho 2015

ALAGOAS: Falta de estrutura ameaça educação de crianças indígenas

Abandono. Esta é a realidade das escolas indígenas de Alagoas. O Estado possui 12 povos espalhados por 10 municípios, mas apenas em metade deles há um local físico que pode ser chamado de escola indígena. Nos demais, as crianças têm que estudar em escolas públicas regulares, em espaços improvisados cedidos pela comunidade ou até sob árvores. “Essas crianças são verdadeiras guerreiras. Elas enfrentam o forte calor, a chuva e todo o desconforto dos locais improvisados para estudar na escola indígena, ou pelo menos no que podemos chamar de escola”, afirma Francisco João da Silva, diretor da Escola Estadual Indígena Ancelmo Bispo de Souza, em Inhapi, no Sertão alagoano. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a União deveria oferecer educação específica e diferenciada aos índios, que inclui práticas tradicionais dos povos indígenas e calendários e materiais escolares adaptados às atividades das tribos. A coordenação dessas ações é do Ministério da Educação (MEC) e a execução, dos Estados. O Estado deveria ter construído escolas indígenas, mas nenhuma obra teve início e, aos poucos, os povos vão perdendo a chance de levar a sua cultura para as salas de aula. A secretária-adjunta da Secretaria de Estado da Educação (SEE), Laura Souza, diz que toda a parte de obras da secretaria está sendo revista, uma vez que alguns dos recursos foram liberados através do Plano de Ações Articuladas (PAR), do MEC.
(G1)
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