Os holerites dos professores em greve no estado de São Paulo começaram
a chegar com desconto. O pagamento será feito a partir da sexta-feira (8) e
descontará os dias parados em março, primeiro mês do movimento. Em 1º de abril,
a Justiça negou pedido de tutela antecipada feito pelo Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) contra o corte
nos salários dos grevistas e, por isso, o governo pôde descontar. A
Apeoesp recorreu da decisão. Um dos professores, por exemplo, se ausentou 10
dias das salas de aula durante o mês de março e teve desconto de R$ 563. Em
outro caso, por 19 dias, um professor teve abatimento de R$ 1,4 mil. Nesta
quinta-feira (7), o Tribunal de Justiça faz audiência de conciliação e julga o
dissídio coletivo. O governador Geraldo Alckmin disse nesta quarta-feira (6),
durante agenda no Palácio dos Bandeirantes, que seria "prevaricação"
se ele pagasse integralmente os professores que não tiveram frequência. O governo não faz o que
quer, não tem essa liberalidade. Se dá aula, tem frequência. Não dá aula, não
tem frequência. Como é que você vai dar frequência para quem não dá aula? Isso
é prevaricação. Mas toda disposição de conversa, entendimento, estamos com o
mesmo objetivo: recuperação salarial, plano de carreira... Mas há que se
aguardar o momento adequado”, disse. Decisões do Supremo Tribunal Federal (STF)
já indicaram que não é correto descontar salários de servidores em greves que
não foram consideradas ilegais.
(G1)
(G1)