Autoridades da Papua-Nova Guiné tiveram de intervir em um
vilarejo para impedir que mais mulheres fossem mutiladas até a morte acusadas
de bruxaria. As informações são do site The Independent. A mulher, conhecida
como Misila, foi acusada de magia negra e morta em uma parte remota do país por
membros de sua própria comunidade na semana passada. A Anistia
Internacional pediu que as autoridades do país ofereçam mais proteção às outras
duas mulheres acusadas de feitiçaria. Kate Schuetze, da Anistia Internacional
para o Pacífico, afirmou que "O assassinato de Misila destaca o fracasso
do governo de Papua-Nova Guiné em enfrentar a onda de ataques contra os
acusados de bruxaria. O governo deve agir imediatamente para garantir que os
autores dos ataques sejam levados à justiça." "O fato de
duas outras mulheres terem escapado da morte na semana passada não diminui o
risco iminente e mostra que o governo deve agir agora." Kate disse que
para oferecer proteção a essas mulheres, a polícia precisa viajar para as
comunidades remotas a fim de iniciar investigação sobre o caso. Em
janeiro, Misila foi uma das quatro mulheres que foram salvas da morte pela
polícia e pelos missionários. Ela foi acusada de feitiçaria depois de várias
pessoas morreram vítimas de um surto de sarampo na província de Enga. "A
senhora, ela foi acusada de executar a mágica que resultou na morte de várias
pessoas na aldeia. Com esta mentira, apenas por causa da forte crença [em
feitiçaria] por lá, ela foi assassinada", explicou Kate.
(Último Segundo)