Os professores da rede estadual de ensino do Paraná marcaram uma
assembleia para as 14h30 desta terça-feira (5) para definir sobre o rumo da
paralisação – que completa onze dias. O encontro deve reunir milhares de
servidores e será realizado no Estádio da Vila Capanema. Por causa da greve
quase um milhão de alunos estão sem aula no estado. A Justiça chegou a
determinar o retorno imediato dos professores às salas de aula, mas o Sindicato
dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) entrou com
recurso. "Os trabalhadores estão muito revoltados e indignados com tudo o
que aconteceu", disse o presidente do sindicato, Hermes Leão. Às 11h está marcada uma reunião entre representantes
do governo e da educação para definir outras pautas de reivindicação. De acordo
com Hermes, os professores também exigem rejuste salarial de 13,1% e o
pagamento retroativo à data-base de 2014. "O resultado da nossa assembleia
também vai depender do que o governo vai dizer sobre isso", argumentou o
presidente da APP. A paralisação dos professores foi motivada
pelo projeto do governo estadual de mudar a forma de custear a
ParanaPrevidência, o regime da Previdência Social dos servidores do estado. No
mesmo dia do confronto, o texto foi aprovado em segundo turno e em redação
final. No dia seguinte, foi sancionado pelo governador Beto Richa (PSDB). Os
professores entraram em greve em fevereiro, e paralisaram as atividades por 29
dias. O ano letivo começou com um mês de atraso, justamente, porque os
docentes suspenderam as atividades em protestos as condições de ensino no
estado e também por descordarem do chamado “pacotaço” que continha projetos de lei do
Executivo com cunho de austeridade fiscal.
(G1)