Em greve desde o dia 13 de março, professores da rede estadual de São
Paulo decidiram manter a paralisação. A resolução foi tomada durante assembleia
da Apeoesp no vão do Masp na tarde desta sexta-feira (17). De acordo com a CET,
a Avenida Paulista estava fechada nos dois sentidos na altura do Masp por conta
da manifestação às 16h30. Os professores e representantes de outras categorias
do funcionalismo público de São Paulo devem sair da avenida em passeata em
direção à Avenida 23 de maio e seguir para a Praça da República. A
categoria pede reajuste de 75% para o salário dos professores, que hoje
parte de R$ 2.145 para 40 horas semanais, entre outras pautas. De acordo
com a PM, há 3.000 pessoas no local. No microfone, a presidente da Apeoesp,
Maria Izabel Noronha, falou em 60 mil manifestantes. Durante a assembleia, os
professores, que são afiliados à CUT, criticaram a lei da terceirização, em
pauta no Congresso Nacional, e entoaram gritos de "traidor" para
deputado federal Paulinho da Força Sindical (SOD). No próximo dia 23, haverá
uma reunião entre representantes do sindicato e o secretário de Educação em que
será discutida a greve. O sindicato anunciou que haverá mais uma
assembleia na próxima sexta-feira (24), na Praça da República --em frente à
Secretaria Estadual de Educação. Nesta semana, cerca de 300 professores
ocuparam a Assembleia Legislativa de São Paulo e passaram a madrugada de
quarta para quinta acampados nas dependências da Alesp, na região do
Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.
(Último Segundo)