O delegado que investiga a morte do estudante de engenharia elétrica da Unesp Humberto
Moura Fonseca, 23 anos, durante uma festa “open bar” há pouco mais de um mês em
uma chácara de Bauru, divulgou detalhes do caso
em entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira. O inquérito segue sob
segredo de Justiça. Segundo Kleber Granja, o exame toxicológico
feito pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo apontou que Humberto tinha
4,6 gramas de álcool por litro de sangue. “É uma quantidade absurda. Na minha
carreira eu nunca vi essa dosagem. Para se ter uma ideia, oferecemos como
parâmetro o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro que prevê como crime de
condução de veículo automotor por motorista sob efeito de álcool etílico quando
a concentração é de 0,6 gramas por litro de sangue. Ou seja, em contraponto com
a legislação de trânsito nós temos um consumo de bebida quase oito vezes
maior”, afirmou. O laudo apontou ainda que o jovem não consumiu nenhum
tipo de entorpecente, apenas bebida alcoólica. A Polícia Civil encaminhou ao
poder Judiciário um pedido para que o prazo para conclusão do inquérito seja
ampliado em mais 90 dias. Desde o início das investigações 30 pessoas foram
ouvidas, sendo que 14 são diretamente investigadas.
(Terra)