O Woodstock americano foi realizado em 1969 na cidade de Bethel no Estado de Nova York nos Estados Unidos. Foram três dias de música e artes ao ar livre para um público aproximado de meio milhão de pessoas. Na região de Bauru, entre 17 e 19 de janeiro de 1975 um festival semelhante reuniu um público de 30 mil numa fazenda no município de Iacanga. O Festival de Águas Claras é lembrado até hoje pelos exageros de bebidas, drogas, nudez e muita música e arte. Quarenta anos se passaram desde o 1º Festival de Águas Claras e muitas lembranças ainda rondam a vida daqueles que participaram. Unanimidade se faz quando a pergunta é se o evento marcou época. “Não houve nada igual. Mudou a vida da cidade de Iacanga. O município ficou conhecido no mundo todo. Pessoas de várias partes do País, ainda se comunicam sobre o festival e lembram do que viveram naqueles três dias”, frisa Rosa Maria Cheixas, conhecida por “Sétima Lua”. Uma moradora de Iacanga, que preferiu não ser identificada, confessa que se assustou quando chegou à fazenda. O número de pessoas era muito grande, chegou a muito mais de 10 vezes a população da cidade. “Barracas por todos os lados e muita gente suja. Mulheres com os seios de fora, drogas, bebidas e música de cantores alternativos para a época.” O Brasil vivia o período de ditadura militar, havia censura, supressão de direitos constitucionais e muita perseguição política. O movimento hippie tinha sua marca registrada no vestir, no falar e na maneira de pensar. Era considerado o movimento paz e amor. Só para lembrar e fazer com que você leitor se situe.
(JCnet)