09 fevereiro 2015

ALERTA EM BAURU: Epidemia de sífilis desponta

Uma epidemia silenciosa de sífilis está despontando em Bauru em adultos e crianças. Segundo os registros da Secretaria Municipal de Saúde, a doença aumenta em todas as frentes. No caso de sífilis congênita (bebês que pegam das mães), foi de 71 em 2013 para 106 em 2014. Já sífilis em gestante aumentou de 57 em 2013 para 72 em 2014; e sífilis em adultos foi de 300 em 2013 para 325 em 2014. Os dados referentes ao ano passado foram computados até novembro. Na comparação com o primeiro dos cinco anos analisados, os números são ainda mais impactantes: sífilis congênita saltou de 11 em 2010 – para os já citados 106 de 2014. Vale pontuar que mulheres viciadas em crack se prostituem para sustentar o vício, o que aumenta o risco de contaminação por sífilis. Os casos em gestantes foram de 30 para 72. E, em adultos, de quatro registros em 2010 para os assustadores 325 em 2014. Embora os números sejam  suficientes para preocupar autoridades de saúde, a promiscuidade e a diminuição do uso de preservativos nas relações sexuais são a “bola da vez”, segundo a médica infectologista infantil do Departamento de Saúde Coletiva, Renata Toledo Masoti Arcelis. “O problema é que a sífilis está voltando na população geral, de novo. O pessoal relaxou no uso de preservativos. Temia-se o HIV e as pessoas perderam o medo da Aids. Elas não assistem mais o sofrimento dos infectados, dos vizinhos, do amigo, do tio morrendo como antigamente, a doença tem tratamento.  Eles só assustam  se receberem o diagnóstico, naquela hora, depois relaxam.” A médica acrescenta: “Para nós esses números são muitos. A meta do Estado de São Paulo de chegar a menos de meio caso de sífilis congênita por mil nascidos vivos nunca alcançamos. Já diminuímos bem, mas atualmente os casos são crescentes.” A sífilis é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível. Pode ser transmitida verticalmente, da mãe para o feto, por transfusão de sangue ou por contato direto com sangue contaminado. Se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso. O período de incubação, em média, é de três semanas, mas pode variar de 10 a 90 dias.
(JCnet)
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