Um policial militar foi baleado e morto, na tarde desta segunda-feira
(19), durante uma rebelião no Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do
Recife. O primeiro sargento Carlos Silveira do Carmo, de 44 anos, era lotado no
Batalhão de Guarda da corporação e atuava na penitenciária há seis meses. Além
dele, um detento, identificado como Edvaldo Barros da Silva Filho, também
morreu durante o tumulto. A informação foi confirmada pela Secretaria-executiva
de Ressocialização (Seres), que divulgou nota sobre o caso, à noite. Ao todo, 24 reeducandos dos
presídios Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, Frei Damião de Bozzano e Agente
Marcelo Francisco de Araújo, que compõem o complexo prisional, ficaram feridos
e receberam atendimento nas enfermarias das prisões e em hospitais da Cidade.
Só o Corpo de Bombeiros informou ter prestado socorro a seis detentos, que
foram encaminhados aos hospitais Otávio de Freitas, na Zona Oeste, e da
Restauração, na área central do Recife. A Seres também informou que o
tumulto foi controlado no fim da tarde e que houve um “reforço no número de agentes
penitenciários após a radicalização do movimento”, que teve registros de
“agressões contra os agentes públicos e danos ao patrimônio”. “As medidas
adotadas pelo policiamento foram as adequadas para garantir a segurança no
local e a integridade física de todos no Complexo Prisional”, completou o
texto. Mesmo após a divulgação de que o motim já havia sido controlado, o clima
era de tensão na área por conta do trânsito de policiais e de veículos do
Instituto de Medicina Legal (IML). Parentes entraram em desespero e reclamaram
da falta de informações sobre o estado de saúde dos presos. Equipes do
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Instituto de
Criminalística (IC) foram mobilizadas para o interior das unidades.
(Folha-PE)