O investimento em programas públicos de iniciação esportiva pode
influenciar nos resultados em sala de aula. Alunos que participam desses
programas obtiveram melhor rendimento escolar. É o que mostra pesquisa de
mestrado, que avaliou a relação dos gastos envolvidos nesse tipo de ação e seus
resultados, apresentada no Programa de Pós-graduação Interunidades em Nutrição
Humana Aplicada da USP. O estudo mostra a razão custo-efetividade da inserção
esportiva, ou seja, quanto foi necessário gastar com recreação esportiva com
cada criança para o aumento das notas. Em média, cada ponto de melhora no
rendimento escolar nas notas de português foi associado a um custo de R$ 133,05
por criança por trimestre ou nas notas de matemática o valor de R$ 134,07. Para
chegar a esses números, a economista e autora da pesquisa Julia Guimarães
Aranha acompanhou, durantes três meses, alunos de oito a dez anos de escolas de
Indaiatuba, interior de São Paulo, que participavam do Programa de Recreação,
Iniciação e Aperfeiçoamento (PRIA). Um programa da prefeitura da cidade voltado
à inserção social e introdução de crianças em atividades esportivas fora da
sala de aula. “A proposta do estudo foi avaliar o PRIA quanto ao seu impacto
sobre indicadores de estado nutricional, qualidade de vida e rendimento escolar
das crianças em relação aos gastos públicos envolvidos”, explica Julia.
(IG)