O Ministério Público Federal (MPF) enfatiza, no pedido de prisão do
ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, que ele faz parte
da "maior organização criminosa que a história já revelou" no país.
Segundo os procuradores, mesmo com as investigações da Operação Lava Jato, da
Polícia Federal (PF), a atividade do esquema de corrupção não foi estancada. A
prisão de Cerveró foi determinada no dia 1º de janeiro, mas efetivada somente
ontem (14) porque ele estava em Londres. Segundo
os procuradores, há evidências de que Cerveró acumulou fortuna no Brasil e no
exterior, oriunda dos crimes cometidos com os desvios da Petrobras. Segundo o
MPF, foi necessária a decretaçao da prisão para evitar que os valores sejam
ocultados da Justiça. "O que é certo, de tudo isso, é o
enriquecimento espúrio e a falta de conhecimento por parte do Estado de onde
estão as dezenas de milhões de reais que [o ex-diretor da Petrobras] recebeu
criminosamente. Sabe-se que o dinheiro não está com Cerveró, porque não
está em suas contas no Brasil. Em outras palavras, tudo indica que esse
dinheiro está sendo ocultado, o que também caracteriza lavagem de
dinheiro", afirmam os procuradores. Além dos valores ocultados, o Ministério Público
reafirmou que, mesmo após a deflagração da Operação Lava Jato, no ano passado,
ficou comprovado que o esquema de corrupção se estendeu até 2014.
(Revista Voto)