16 janeiro 2015

Governo recorre ao Papa para evitar execução de brasileiro na Indonésia

O assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, informou nesta sexta-feria (16) que o governo brasileiro pediu ajuda ao Papa Francisco contra a condenação à morte do brasileiro Marco Archer, preso na Indonésia em 2004 por tráfico de drogas. Garcia afirmou que ele será fuzilado à meia-noite de domingo (18) – 15h de sábado (17) no horário de Brasília. “Fiz chegar à representação da Santa Sé no Brasil um pequeno dossiê sobre o caso e me foi assegurado que isso seria enviado à Secretaria de Estado do Vaticano para que sua Santidade pudesse interceder em favor de uma atitude de clemência do governo indonésio”, disse Marco Aurélio Garcia. A jornalistas, o assessor disse, porém, considerar “absolutamente improvável” que o Papa possa vir a mudar a decisão do governo do país asiático. O G1 procurou a assessoria da Nunciatura Apostólica, representante do Estado do Vaticano no Brasil, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Na Indonésia, os presos são executados por um pelotão de fuzilamento, e podem escolher se querem ficar de pé, sentados ou deitados. Eles são vendados para a execução. O atual presidente do país, Joko Widodo, assumiu o cargo em 2014 e adotou espécie de “mão pesada” na luta contra as drogas e afirmou, no mês passado, que iria rejeitar os pedidos de clemência das 64 pessoas no corredor da morte por crimes relacionados a drogas. Ao término da entrevista no Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia disse acreditar que “somente um milagre” fará com que Marco Archer não seja executado neste fim de semana.
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