A luta
contra a ebola enfrentará um momento decisivo em
fevereiro. É que a Organização
Mundial da Saúde (OMS) já
anunciou que poderá ficar sem caixa no próximo mês. Fevereiro é crucial para o
combate, segundo a organização. Se os fundos não forem captados agora, em abril
e maio o combate irá retroceder e frear o avanço da epidemia pode se alongar
por mais um ano além do programado. "Parar a epidemia depende de dinheiro
e pessoas, e não temos nenhum deles", disse à Reuters o doutor Bruce
Aylward, diretor-geral assistente da OMS, diretamente responsável pelo combate
à epidemia. Nos últimos 21 dias, os novos casos diminuíram consideravelmente.
Além disso, os casos diminuíram por quatro semanas seguidas em Guiné, Libéria e
Serra Leoa. As previsões, até agora, diziam que, em quatro ou cinco meses, a
epidemia poderia ser totalmente freada. Era o melhor dos cenários. Mas tudo
pode ruir a partir do mês que vem se mais dinheiro não entrar no caixa de
combate da OMS. Estima-se que sejam necessários mais 260 milhões de dólares
para os próximos seis meses. A OMS já está em contato com grandes doadores para
tentar levantar essa quantia. Em abril e maio começa a temporada de chuva nos
países afetados. De acordo com especialistas, o tempo úmido prejudicaria o
combate. Estradas precárias da região ficariam ainda piores, prejudicando o
transporte de pessoal, equipamentos e suprimentos.
(Exame)