Caminhar pela orla de Ipanema, no Rio de Janeiro,
ganhou mais um atrativo para cariocas e turistas, ainda mais para aqueles que
não resistem a uma selfie. É a estátua do compositor Tom Jobim, inaugurada
nesta segunda-feira no calçadão, quase chegando ao Arpoador, para marcar os 20
anos da morte do artista. Pela quantidade de fotos feitas, o monumento deve se
tornar tão concorrido quanto o pôr do sol. Para
garantir a integridade da obra, a prefeitura instalou uma câmera de segurança
em frente ao monumento. Afinal, a estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade,
em Copacabana — outro sucesso da orla —, já foi depredada nove vezes. Mesmo
após a instalação de uma câmera, os óculos do escritor foram danificados. A
estátua foi inaugurada em outubro de 2002, em comemoração aos cem anos de
nascimento do poeta. Dois dias depois, amanheceu pichada. Apesar da ação dos
vândalos, a figura de Drummond sentado, de costas para o mar, num dos bancos do
calçadão do Posto 6, já se tornou um dos cartões-postais da cidade. A estátua de Tom Jobim, da
escultora Christina Motta, responsável também pela da atriz francesa Brigitte Bardot
em Búzios, é inteiramente em bronze e pesa 200 quilos. Christina, que esteve na
cerimônia de inauguração, mostra o artista com o violão no ombro, no bairro que
serviu de inspiração para algumas de suas composições. Ao lado da estátua, foi
instalada uma placa com um trecho do “Samba do avião”, uma de músicas mais
famosas de Tom Jobim. Tom Jobim morreu no dia 8 de dezembro de 1994, em Nova
York, vítima de uma parada cardíaca enquanto lutava contra um câncer. Criado em
Ipanema, o compositor teve como parceiros nomes importantes da MPB, como
Vinicius de Moraes e Chico Buarque, e foi gravado até por estrelas
internacionais, como Stan Getz e Frank Sinatra.
(O Globo)