O
jornalista Janio de Freitas, em sua coluna desta terça-feira (2) na Folha de S. Paulo,
destaca a declaração do candidato derrotado à Presidência da República, Aécio
Neves (PSDB), que afirmou neste fim de semana que perdeu a eleição "para
uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas
brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está." De acordo
com o jornalista da Folha, de fato Aécio não perdeu para um partido
político. "Perdeu para os eleitores, petistas, peemedebistas e nada disso,
que lhe negaram o voto e o deram a Dilma". Ainda segundo Jânio de
Freitas, qualquer um deles está agora habilitado, desde que capaz de alguma
prova de adesão a Dilma, "a mover uma ação criminal contra Aécio Neves por
difamação, calúnia, injúria, e cobrar-lhe uma indenização por danos
morais." Jânio de Freitas prossegue afirmando que uma foto em
manifestação, uma doação, um cartaz na janela ou no carro "podem se juntar
às demais provas para dar uma resposta à acusação de Aécio Neves tão
gratuitamente agressiva e tão agressivamente insultuosa." O jornalista
destaca que é difícil admitir que Aécio "esteja consciente do papel que
está exercendo. A situação social do Brasil não é de permitir que acirramentos,
incitações e disseminações de ódios levem apenas a efeitos inócuos, de mera
propaganda política." Jânio destaca ainda que, se Aécio acha que está
sendo porta-voz de um sentimento de indignação, pior ainda: "fica evidente
que não sabe mesmo o que está fazendo, e aonde isso o leva."
(JBonline)