O poder de compra das classes C,
D e E é de R$ 37,5 bilhões ao ano, segundo estudo da empresa Plano CDE
especializada em pesquisa com foco nesse público. Como comparação, o poder
de consumo das classes A e B é de R$ 124,7 bilhões. Os dados foram compilados a
partir da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE. Apesar
do baixo poder aquisitivo, a maioria dos consumidores de baixa renda estão com
as contas no azul. Dados da mesma instituição revelam que 62% desse público têm
o orçamento familiar organizado, ou seja, estão sem dívidas. As classes C, D e
E compreendem, segundo a Plano CDE, os grupos de média classe média, classe
média baixa, vulneráveis, pobres e extremamente pobres. A renda per capita
média deste grupo é de, no máximo, R$ 641. Já as classes A e B compreendem a
alta classe média, a baixa classe alta e a alta classe alta. Com crescentes
ganhos de renda, como mostrou também o Datafavela — em levantamento feito
somente nas comunidades —, os consumidores de baixa renda estão ganhando cada
vez mais os holofotes do mercado. Por exemplo, em dez anos, a renda dos
moradores das favelas cresceu 54,7%, enquanto no Brasil, no mesmo período, a
renda cresceu 37,9%.
(R7)