A tendência hoje dentro da Rede, grupo liderado pela presidenciável
Marina Silva (PSB), é pela neutralidade no segundo turno da eleição
presidencial. O argumento é que nenhum dos dois partidos que se enfrentam nesta
fase da disputa representa os ideais do grupo, que deve oficializar sua decisão
em uma reunião por teleconferência na proxima quarta-feira (08). Um de seus
integrantes destaca a questão ambiental como um dos motivos para a decisão de
não apoiar o candidato do PSDB. Minas, governada por Aécio Neves e seus aliados
há mais de uma década, concentra os piores índices do País no tema. Segundo o
aliado de Marina, os dados de desmatamento mineiros chegam a ser mais graves
até do que nos estados amazônicos. São Paulo, governado por tucanos há pelo
menos duas décadas, sofre com a grave crise de abastecimento de água. Para a
Rede, os resultados da eleição deste ano demonstram que o grupo tem razão ao
apontar um desapontamento da população com a política tradicional, mesmo com os
resultados positivos que alguns líderes conservadores conseguiram. Para um de
seus integrantes, o descontentamento pode ser constatado pelo alto índice de
abstenções e votos brancos e nulos. Avaliam que, ao se juntar a Aécio ou Dilma,
a Rede perderia interlocução com esse eleitorado. Apesar da
tristeza com a derrota de Marina Silva (PSB) no primeiro turno das eleições
presidenciais, militantes da Rede arrumaram um motivo para comemorar o
resultado da disputa de domingo. O deputado federal José Luiz Penna (PV-SP) não
foi reeleito. Presidente nacional do partido, ele é apontado como o principal
responsável pela saída de Marina do PV, após a eleição de 2010.
(IG)
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