07 outubro 2014

Seguidores da Rede preferem a neutralidade no segundo turno; derrota de Penna (PV) é comemorada

A tendência hoje dentro da Rede, grupo liderado pela presidenciável Marina Silva (PSB), é pela neutralidade no segundo turno da eleição presidencial. O argumento é que nenhum dos dois partidos que se enfrentam nesta fase da disputa representa os ideais do grupo, que deve oficializar sua decisão em uma reunião por teleconferência na proxima quarta-feira (08). Um de seus integrantes destaca a questão ambiental como um dos motivos para a decisão de não apoiar o candidato do PSDB. Minas, governada por Aécio Neves e seus aliados há mais de uma década, concentra os piores índices do País no tema. Segundo o aliado de Marina, os dados de desmatamento mineiros chegam a ser mais graves até do que nos estados amazônicos. São Paulo, governado por tucanos há pelo menos duas décadas, sofre com a grave crise de abastecimento de água. Para a Rede, os resultados da eleição deste ano demonstram que o grupo tem razão ao apontar um desapontamento da população com a política tradicional, mesmo com os resultados positivos que alguns líderes conservadores conseguiram. Para um de seus integrantes, o descontentamento pode ser constatado pelo alto índice de abstenções e votos brancos e nulos. Avaliam que, ao se juntar a Aécio ou Dilma, a Rede perderia interlocução com esse eleitorado.  Apesar da tristeza com a derrota de Marina Silva (PSB) no primeiro turno das eleições presidenciais, militantes da Rede arrumaram um motivo para comemorar o resultado da disputa de domingo. O deputado federal José Luiz Penna (PV-SP) não foi reeleito. Presidente nacional do partido, ele é apontado como o principal responsável pela saída de Marina do PV, após a eleição de 2010.
(IG)
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