A Polícia Civil
do Rio Grande Sul anunciou no fim da tarde desta sexta-feira que prendeu o
suspeito de atear fogo na residência da torcedora gremista Patrícia Moreira.
Ele foi encaminhado para o 14º DP de Porto Alegre, onde prestará depoimento
sobre o incidente. O órgão confirmou a informação através de seu perfil no
Twitter. Às 4h (de Brasília) desta sexta-feira, o Corpo de Bombeiros foi
acionado para apagar o fogo do imóvel, que queimou principalmente o assoalho da
habitação. Desde que o episódio de racismo ocorreu, no jogo contra Santos,
válido pela Copa do Brasil, a gremista não está morando mais no local, mas sim
na casa de familiares. Na semana passada, Patrícia foi à polícia prestar
depoimento sobre o caso de injúria racial. Por causa de sua atitude e da
atitude de alguns outros torcedores, o Grêmio foi excluído da Copa do Brasil
pelo STJD. "A palavra de 'macaco' não foi racismo, foi no calor do
jogo, estávamos perdendo. Peço desculpas ao Grêmio, à nação tricolor. Não
queria prejudicar o Grêmio. Eu amo o Grêmio. Desculpa, Aranha. Perdão, perdão,
perdão, mesmo. Eu não sou racista", limitou-se a dizer a torcedora
gremista, que chorou muito e não respondeu perguntas. Quem atendeu à imprensa
foi seu advogado. Segundo o profissional, chamar um jogador de "macaco"
no estádio não configura racismo. "Falar 'macaco' no contexto do jogo de
futebol não á racismo. É apenas um xingamento, como inúmeros outros. A própria
mãe dos árbitros vêm sofrendo historicamente com xingamentos", discursou
Rossato.
(MSN)