A Justiça de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul, negou nesta
sexta-feira (8) oito pedidos da defesa de alguns réus pelo assassinato do
menino Bernardo Boldrini. Entre elas, duas pediam a liberdade do pai do garoto,
o médico Leandro Boldrini, e da madrasta, Graciele Ugulini, presos desde abril. O corpo de Bernardo foi
localizado no dia 14 de abril enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen, a cerca de 80 km de Três
Passos, onde ele residia com a família. O menino estava desaparecido desde 4 de
abril. Além do médico e a madrasta, a amiga dela, Edelvania Wirganovicz, e o
irmão, Evandro Wirganovicz, também são réus pelo crime. Ao avaliar os pedidos de soltura de Leandro e Graciele, o
juiz Marcos Luís Agostini, da Comarca de Três Passos, argumentou que "os
fundamentos que autorizaram a decretação da prisão preventiva permanecem
presentes". O magistrado ressaltou ainda que médico já teve habeas corpus
negado pelo Tribunal de Justiça em junho e lembrou que na quinta-feira (7). Advogados de Graciele e Leandro alegavam que haveria excesso
de prazo na instrução penal, argumento considerado inconsistente pelo juiz.
"Considerando a complexidade inerente à ação penal com quatro acusados,
não é admissível que as defesas, após procurar dificultar o célere andamento do
feito, venham alegar excesso de prazo na instrução penal", diz a decisão.
(G1)